
DNA
SOLEDAD
SEGUNDA GERAÇÃO
ALEJANDRO RAFAEL BARRETT LOPEZ

pai de Soledad

mãe de Soledad

Alejandro Rafael Barrett Lopez, pai de Soledad Barrett Viedma, nasceu em Areguá, Paraguai, em 24 de fevereiro de 1907 e se formou Oficial da Marinha na Escola Naval Argentina. Veterano da Guerra del Chaco, foi homenageado com a medalha Cruz do Defensor.
Casou-se com Eulogia Deolinda Viedma, com quem teve 10 filhos. Deolinda permaneceu a seu lado por toda a vida, enfrentando terríveis situações. Faleceu dois anos após o marido (1982).
Dom Alex, como era chamado, lutou na guerra de 1947 contra a ditadura de Moríngio, o que o levou, após sua prisão, a buscar exílio para si e para a família, na Argentina. Lá, como estrangeiro, foi preso algumas vezes por razões políticas; noutra, por ter sido injustamente acusado de roubo por um ex-patrão.
Com a anistia de 1949, retornou ao Paraguai com a família. Após alguns anos, quando então exercia o magistério de Matemática, sua tranquilidade terminou. Perseguido pela ditadura de Stroessner (1954), foi obrigado a fugir e se esconder. Assim se manteve por seis anos de instabilidade e insegurança, distante da esposa e dos filhos. Em 1960 Alejandro foi preso e torturado bestialmente por duas semanas e depois levado para uma prisão de trabalhos forçados.
Em agosto de 1961 foi liberado graças mediação do governo do Uruguai, que o recebeu como exilado político. A muito custo, ele conseguiu que a família também fosse acolhida.
Durante todos aqueles anos, desde a ditadura estabelecida no Paraguai, Alejandro recebeu notícias das várias prisões e repressões sofridas pelos seus filhos maiores, simpatizantes ativos de movimentos estudantis e sindicais que atuavam em defesa da democracia.
O golpe de Estado que implantou a ditadura militar no Uruguai em 1973 tirou a tranquilidade de Alejandro, que passou a ser perseguido devido à sua militância política. Por causa disso, perdeu o emprego de professor, o que dificultou o sustento da família. Em 1975, foi expulso do Uruguai, sem documentos, apenas com um passaporte de saída, deportado para a Venezuela.
Faleceu no exílio, em Caracas, em 1980, aos 73 anos, em consequência das sequelas físicas deixadas pela tortura e condições sub-humanas, quando da sua prisão no Paraguai.

Panchita com netos e netas, incluindo Soledad